domingo, 12 de julho de 2009


Cansada de ter que, às vezes, ser o que não sou para agradar as pessoas. Cansada de sorrir quando sinto uma enorme vontade de chorar, chorar até extravasar ou secar minhas lágrimas. Cansada por achar que não se vale a pena. Cansada de fingir sentir o que não sinto e tantas vezes fingir apenas para agradar aqueles que, nunca se importaram em saber se estavam me agradando. Cansada de dizer palavras sinceras, tão sinceras, que mesmo assim foram duvidadas. Cansada! de ouvir e nunca ser ouvida com a mesma atenção, com a mesma paciência, na maior boa vontade que eu, quantas vezes, sem que pudessem ver a tristeza que se estampava em meus olhos. Cansada por achar que devia ter feito mais ou quando achava que havia fracassado em ajudar quem tanto precisava da minha ajuda. Cansada por ter que entender todos, enquanto na primeira oportunidade esse mesmo todo lança um punhal em minhas costas e corta devagar, para que entre todo, chegando a perfurar o meu coração sem se importar com a profundidade do buraco e sorrir, depois do estrago, sem dor na consciência, se agiu certo ou errado não importa. Cansada! de viver brincando fazendo brotar sorrisos dos lábios das pessoas ou arrancando boas gargalhadas e ser tachada de engraçada, sempre com as mãos no coração das pessoas amenizando suas dores, fazendo-as esquecer por um momento, com esse meu jeito louco de ser, os seus desesperos, solidões, depressões e fracassos ou mesmo as dores do amor. Cansada de amar superficialmente simplesmente por achar que o cara é legal, de amar quando se esta longe quando perto não se sentir nada, e ter que fingir, ou achar que ama apenas porque o perdeu e vem um sofrimento embutido, que com o passar dos dias as colas e parafusos começam a se soltar e pensamos: Onde está todo aquele amor, não era verdadeiro. Houve sim, várias vezes que pensei que estava sentindo novamente o amor, mas não, era apenas uma ilusão, uma paixão, que, como num passe de mágica, acaba da mesma forma que veio, termina-se bem ou acaba-se muito mal, mas simplesmente acaba. Cansada de pessoas que não me conhecem, não convivem comigo ou nunca me viram, dizer que fiz ou disse algo e na hora da satisfação a pessoa simplesmente coloca uma cara de anjo e tira o corpo fora para não se afogar em suas próprias acusações. Cansada de perdoar setenta vezes sete, a cada tapa que me dão e a cada perdão, mais uma vez levar um soco na boca do estomago onde fico, o dia inteiro arrasada, a me perguntar o porque desse soco. É... quando se bate não se sente dor, mas quando eu resolvo revidar, com um tapa tão pequeno que mais parece um gesto de carinho, e peço, não setenta, nem sete vezes setenta, mas sim um perdão, simplesmente ouço não. Mas, mesmo sem ter o direito de ser perdoada, ainda perdoarei setenta vezes sete, não importa se me perdoem ou não; mesmo cansada. Cansada! de acharem que sou metida, que o meu jeito de ser é forçado, mesmo depois de meses verem que não mudei nem uma virgula; de não gostarem do meu andar, do meu modo de falar, odiarem a minha voz, detestarem a cor dos meus olhos e o meu olhar e, mais ainda, o jeito de gesticular com as mãos. Cansada de ser condenada por amigas que costumam dar em cima de namorados das próprias amigas e acharem que farei o mesmo com elas, não deviam se importar por um abraço inocente, que me dão e acabam achando que estou gostando e que darei em cima. Não me interessa pegar o que é dos outros. Sexo sem amor! pode ser decepcionante, além do que para isso não precisa ser namorado de "amigas", sexo acha-se em qual quer lugar, a qual quer hora. Cansada! Por isso tudo sinto em meus olhos uma tristeza muito grande, não só em meus olhos mas também dentro do coração, mas seguro as minhas lágrimas que mantenho boiando em meus olhos, quando percebo que estão para cair eu simplesmente as seguro com os dedos. A muito não choro, não quero chorar, por que um dia essas lagrimas, irão chorar felicidade.


Um comentário:

Suellen. disse...

Rê,
esse é meu blog novo... me segue tbm..
beijos,
Su.